É uma frase que ouço bastante nos últimos meses, à qual respondo: "acho que não, o meu irmão não tem filhos"!
Tenho 30 anos e estou solteira.
Isso, na cabeça de algumas pessoas, é terrível.
Mulheres de 30 anos solteiras são encalhadas, vão ficar para tias.
Ora, isto revela muito mais sobre as pessoas que pensam desta forma, do que sobre mim.
A verdade é que é bom gostar de alguém, é bom ter um relacionamento feliz e um companheiro que nos acrescente. Também é verdade que sou pirosa e que sempre sonhei com o meu casamento.
Mas, as circunstâncias da vida e as pessoas com as quais me cruzei, ditaram que aos 30 anos estaria solteira.
Também ditaram que estaria muito mais resolvida e independente do que aos 25, quando até tinha namorado.
Também fizeram com que me sentisse cada vez melhor comigo mesma e com mais vontade de viver, de conhecer, de explorar, de sentir.
As circunstâncias da vida também me ensinaram que não vivo de quases, que não quero pessoas que gostem mais ou menos de mim, ou que até não saibam o que querem.
Todos temos momentos felizes, outros nem tanto, com ou sem companheiro, com ou sem namorado, com ou sem marido.
Se ficar para tia significa ser independente, feliz, bem resolvida, com um trabalho que me realize, com uma família que adoro, com bons amigos, com possibilidade de ir de férias ou de fim de semana, de viajar. Se ficar para tia significa estar com os meus amigos sempre que quero, ir ao cinema quando tiver vontade, dançar até o sol nascer, beber um, dois, ou três mojitos sem ter de justificar a quem quer que seja. Sim, vou realmente ficar para tia! Espero ficar para tia o resto da minha vida. Entretanto, se aparecer alguém com quem me identifique, quem me acrescente e que saiba aquilo que quer, talvez deixe o vosso conceito de "encalhada" ou "ficar para tia". Desde que valha a pena.
A Maria, que podem conhecer aqui, lançou um desafio que podem saber mais aqui, lançou um desafio e eu, que gosto de desafios, aderi. No facebook do blog e no meu Instagram pessoal (aqui algumas fotos não são as mesmas que partilho no blog.
A ideia é partilhar uma foto em cada dia do mês de Agosto, com o hastag #desculpasparasorrir e os seguintes temas:
Há dias em que a nostalgia nos invade e nada podemos fazer.
O melhor mesmo é aceitar, mas sem nunca esquecer que quem vive do passado é museu.
Mas, se olharem para trás sentem que viveram muito ou que têm deixado a vida passar?!
Eu acho, que felizmente pertenço ao primeiro grupo.
Não no sentido de ter vivido muito em quantidade, pois acredito sempre que o melhor está para vir, mas pelo facto de ter vivido momentos, afectos e relações de qualidade.
Esta nostalgia também serve para percebermos que as gavetas estão a ficar arrumadas, que a poeira está a ficar sacudida e que somos a melhor senhora da limpeza da nossa vida.
Serve para perceber que vivemos, que demos muito de nós por pessoas que naquele momento mereciam essa entrega.
Não me refiro apenas a amores, também a amizade ou a qualquer tipo de relação que envolva afecto.
Serei sempre uma pessoa de afectos.
A nostalgia também serve para entendermos que as fases indefinidas ou cinzentas da vida, talvez tenham um motivo. Quem sabe não precisas de parar, seja para pensar, para tranquilizar ou para perceber que a melhor companhia que podes ter serás sempre tu?!
Nem tudo é bonito, nem tudo é colorido, os fantasmas ou clichés até podem assombrar a tua vida, mas isso vai passar! Não passou sempre?!
Lembras-te daquele dia em que estavas mais triste porque os problemas no trabalho surgiam em catadupa; porque a relação não estava na melhor fase; porque o amigo não estava ali para ti?! Pois, isso passou.
Tudo passa.
Não deixes que os fantasmas se instalem e fiquem. Podes até permitir-te perceber que fantasmas são esses, mas não por muito tempo, depois, faz um favor a ti próprio e manda-os embora.
"O desapego não é indiferença, covardia ou desinteresse. O desapego é se libertar de tudoaquilo que faz mal e causa sofrimento. Desapegar é sinónimo de se libertar. Soltar asalgemas. Colocar asas. Se permitir voar novamente. O desapego é a aceitação, é odesprendimento.As pessoas são, por natureza, apegadas. Nós nos apegamos a objectos, memórias epessoas. Nos apegamos a coisas que sabemos que terão fim... Veja só, me apego até a filmes,que sei que duram apenas duas horas. E o que faço quando eles acabam? Assisto de novo. Ede novo. E de novo. Assisto tanto que decoro todas as falas. Até repetir tantas e tantas vezesas mesmas coisas, que elas começam a não fazer sentido algum. E é isso que fazemos todosos dias. Nos torturamos com memórias que já foram, repetimos cenas, apertamos o replaye não pensamos na consequência que isso pode nos trazer.O passado que tanto parecia fazer sentido passa a não fazer sentido algum. As memóriasse distorcem, aos poucos desaparecem e você já não sabe mais o que é real e o que é fruto dasua imaginação desvairada. E sabe o que é pior? A vida não para. Enquanto você segura opassado até que suas mãos sangrem e não suportem mais o peso da corda, o presentecontinua e você nem percebe que poderia estar construindo novas lembranças, ao invés dese agarrar às antigas.Não adianta tentar manter algo em sua vida que já não faz parte dela. E, eu sei, é difícilaceitar o fato de que não podemos controlar o destino nem todo mundo ao nosso redor.Deveria ser proibido que pessoas queridas fossem para o céu tão cedo, ou que aquele nossonamorado tão legal nos deixasse para ficar com a vizinha. Devia, sim. Mas não é. E sabe porque não é?Porque nós precisamos aprender, precisamos nos machucar. O coração precisa se partirpara aprender a se reconstruir. Se não existissem quedas, não existiriam triunfos. Você vaicair, se ralar, sangrar, chorar e até mesmo pensar em desistir. Vai se prender a lembrançase segurar o passado junto do coração. Depois vai perceber que todo o seu esforço é inútil eque precisa seguir em frente. Vai procurar forças em livros de auto-ajuda e até mesmo nosconselhos de sua manicure. Vai se olhar no espelho e se sentir a pior pessoa do mundo. Porque tem de ser assim? Para você aprender a se reerguer.Aquele que consegue colocar o desapego em prática atinge um estado de paz interior etem a consciência limpa de que deixou o passado onde ele deveria estar: no passado. E que opresente é sempre um presente. E que o futuro vai vir recheado de novidades e sensaçõesnovas.Não se apegar não é ser indiferente à vida. É ter o conhecimento de que o sofrimentochega, mas um dia deve partir. Não podemos dar abrigo ao sofrimento nem permitir queele faça de nosso coração sua casa permanente. Não é certo. Superar é preciso. Levantar-semais forte é essencial.A vida é uma eterna roda gigante. Ora estamos em cima, ora estamos em baixo. Tudo navida é mutável, tudo mesmo, inclusive nós. Por isso precisamos aprender a “deixar ir”.Nada é para sempre, por mais que queiramos que seja. Veja bem, nem as princesas são parasempre.Por isso precisamos viver todos os dias como se fossem os últimos. Com intensidade,sinceridade e amor no coração. Precisamos desfrutar cada sorriso, cada olhar, cadainstante, porque nunca se sabe quando precisaremos deixá-los ir, para que novas coisaspossam vir.Eu entendi que o passado não existia mais e que ele só existia dentro de mim com umaúnica finalidade: me destruir aos pouquinhos. Quanto mais eu insistisse em segurá-lo, umaparte de mim morreria. E eu deixei que ele se fosse. E que o presente chegasse. Respireifundo, não foi fácil. Contudo, eu precisava soltar as mãos daquilo que estava me retendo.O desapego é saber a hora de se despedir de coisas que não têm mais espaço na sua vida.Pode ser aquele sofá velho que habita sua sala de estar há anos, mas do qual você não sedesfaz porque lembra a sua avó. Pode ser aquelas roupas que você nunca usou, mas guardouporque é egoísta demais para doá-las. Pode ser aquela panela sem alça que você ganhou depresente no seu primeiro casamento, mas não teve coragem de jogar no lixo. Pode seraquele vidrinho de perfume que você guarda no fundo do guarda-roupa só porque lembra ocheiro. Pode ser aqueles vidros de esmalte vazios que você colecciona. Pode ser memórias depessoas que já se foram, mas que ainda prendem você ao passado. O desapego pode seraprender a se despedir na marra, já que muitas vezes não temos escolha. O desapego é sabera hora de ir e deixar partir, e isso é essencial na vida de qualquer ser humano.Quem dera todos soubessem a hora de levantar bandeira branca,reconhecer que acaboue transformar a reticência em ponto-final." Isabela Freitas.
1. O passado é isso mesmo, passado. Já passou, já foi. Não te martirizes, não dramatizes, esquece, faz as pazes com aquilo que não podes resolver, de forma a não estragares o que tens agora, que é o presente.
2. Dá sempre tempo, cura tudo.
3. O que os outros pensam de ti, não te diz respeito. É mesmo o que eles pensam e tu não precisas de lidar com isso.
4. O único motivo para sermos felizes somos sempre nós!
5. Nada de comparações. Por mais tentadoras que sejam.
6. Não penses muito. Não temos de saber tudo.
7. Sorri, sempre. Nós não temos todos os problemas do mundo.
Este ano voltei à "minha" Praia da Rocha, lugar que tão boas recordações me traz.
Voltei rodeada de bons amigos, que dizem ser a família que escolhemos.
Dei muitos mergulhos, ou como diz a P. "apanhei muitas ondas", com um mar maravilhoso que já há muito não encontrava no Algarve, bebi muitos mojitos, contribuí em grande escala para os lindos pneuzinhos da minha barriga, tostei ao sol como um panado, dancei muito e ri ainda mais.
Dizem que o lugar não importa, desde que a companhia seja boa, é verdade.
Mas neste caso, o lugar também importa, porque me acrescenta, porque faz com que recorde de onde venho e de que massa sou feita.
Por isso, tenho só a dizer: voltem sempre aos lugares onde foram felizes!